A
Saudade
É um cavalo bravo,
Com um cavaleiro
munido de açoite e espora
Que avança num galope alto,
Embrenhando-se impiedosamente
Por veredas de espinheiras nordestinas.
As esporas ensangüentam a carne
Se o cavaleiro for silencioso
Tu escutas:
Vai, vai, vai
E continuas tua correria sem freios
Na mata fechada de capas-bode.
Desobedeces aos comandos de teu dono.
Saudade...
É esse cavalo,
estropiado
Agonizante
a espera do fim.
Pequenas certezas, jan/2010
6 comentários:
Acho que é Zeca Baleiro que canta "A saudade é um trem de metrô"
Mas hj, aprendi que a saudade corre velozmente sob as patas de um cavalo estropiado de dor!
Oh, Babaçu, Babaçu
Como eu queria saber do que ou de quem falas!!!
Será que eu sei?
abraços e beijinhos
"saudade é ferroada de maribonde" dizia patativa, e a poeta dá coiçadas de versos com essa definição... É esse cavalo,
estropiado/ Agonizante /
a espera do fim.
PARA CADA UM ELA TEM UMA FORÇA UMA DOR DIFERENTE.
BEJIM
ta muito lindo.
A saudade é prego e parafuso, quanto mais aperta, mas dificil de arrancar... zeca baleiro.
beijos de azeite
Sr Anônimo,
falo da saudade, é disso que eu falo!!!
beijosss
Lilia,
Minha poetiza que eu amo, que eu sinto saudades, que eu divido o azeite de babaçu que trazes nas tuas veias!
Saudade é sim, uma ferroada de marimbondo. Esse Patativa sabia tudo!
Meu cavalo agonizante!
Xico, essa saudade
ela vem e fica e ainda demora...NESSE meu cavalo, desesperado de dor!
Sim ela é prego prafuso!!!
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