Texto e fotos: Vanusa Babaçu -
Camponês de carona em cima da boléia do caminhonete "pau de arara,
que carrega moradores da estrada do arroz,
para o centro so município de Imperatriz.
Ele pisava firme, seus pés protegidos na velha botina coturno.
E deixava seus rastros visíveis.
Passadas largas e aligeiradas.
Passadas largas e aligeiradas.
Sem olhar para trás, caminhava seguro de si e de seu caminho.
Fazia poeira quente e seca dos tempos misturados:
inverno e verão de nossa terra
inverno e verão de nossa terra
No peito...
Carregava um coração, de pedra certamente.
A fortaleza de homem feito, se fazia menino.
No seu abraço,
que amparava o outro corpo no todo.
E ele, sem medo ou acanhamento
ali se aninhava, sem pressa e por muitas vezes em silêncio
um silêncio que articulava tudo.
ali se aninhava, sem pressa e por muitas vezes em silêncio
um silêncio que articulava tudo.
Num pedido de socorro.
E quando eu pude, fui esse outro,
abraçei e me deixei abraçar.
E hoje?
Ainda percebo os rastros conhecidos na velha estrada.
Ainda percebo os rastros conhecidos na velha estrada.
Segui-lo nunca.
Nem uma possibilidade.
Um comentário:
Aqui estou! Comentando as trilhas e idas. bjos, adoro passar por aqui!
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