O passeio noturno tão silencioso, tão curto o tour. Tão necessário para eu perceber como é bom o tempo contigo. O abraço foi contido. Fizestes tuas ressalvas quando minhas mãos ensaiaram um toque mais intimo. Era tudo tão diferente e tão conhecido por minhas lembranças. Uma viagem pretérita invadiu meus pensamentos, a travessia da grande ponte vivida por nós tão impensadamente numa noite de maio passado. Sim a ponte, teríamos atravessado aquele componente de ligação erguida sobre o nosso rio, se o comando da rota fosse meu e só o fim do combustível ditaria o termino do trajeto. Pela tua escolha, permanecemos pelas ruas da cidade princesa. Ruas com movimento domingueiro conhecido, em muitos pontos pouco barulho na cidade em desenvolvimento que trabalha na segunda-feira. Ainda encontramos o último bar aberto na madrugada, mesa e cerveja partilhada. Tu ali, tão perto, e tão longe. As sobrancelhas, mesmo adornada pelos óculos modernosos se sobressaiam para minha apreciação, sempre foi em ti um artifício natural perturbador para meus olhos. Tantas coisas para partilhar, tanto a se dizer, talvez mais para silenciar. E tu ali, tão homem e tão menino com os dedos adornados pelo par de anéis de tucum, item artificial de mim em ti que gostei tanto de visualisar. E eu certa, de que o tempo é novo. E certa ainda que o amor não toma conhecimento disso, só ama. E só.
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