Caminho em passos largos
entre a sala e o camarim
da morada que sou eu.
Fecho portas acendo as luzes.
Tateio as paredes, amarro as cortinas.
Ele chega e aproxima-se faceiro.
Mente com arte,
diz que me ama.
Eu sem quizilas creio.
Ensaia partir.
Como já é de certeza o próximo ato:
Vira as costas faceiro.
Nem de dó se veste.
Sabe certo de meu calvário.
com dores similar de parir
Escuto meu grito, em silêncio.
E quando desejar volta.
Quisera eu...
Não abrir as portas de mim,
outra vez.
Um comentário:
Um encanto... Sempre que passo por aqui me surpreendo. Gosto muito!
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