Nos dias 25 de maio e 4, 5 e 6 de junho tive o prazer de organizar e expor os trabalhos fotográficos da fotógrafa, poetiza, pedagoga, educadora popular e artesã Vanusa Babaçu; as exposições foram realizadas na UEMA e no centro de artesanato de Imperatriz (Cairo Morais)
-Vivemos em tempos da pós-modernidade. Tempos de pouco tempo, onde a pressa dita as normas de uma vida sem paciência. Perdemos a nossa capacidade de olharmos o que está diante de nós. Olhares apressados esbarram nas imagens, impossibilitando-nos de ver a essência. Percorremos inúmeras vezes os mesmos caminhos sem perceber o encanto e a vivacidade contida nos espetáculos cotidianos que o universo nos apresenta, incapacitando-nos de olhar a vida, a arte, as pessoas e os fatos com a calma que lhes são merecidas. Tudo o que nos acontece, especialmente a arte carece de um olhar mais vagaroso e contemplativo. Ver é passar o olhar. Olhar é a amplitude de ver, contemplar, descobrir, revelar. A mostra: “Andanças e Olhares” nos contemplam com essa diferença.
Cairo Morais - Curador da Exposição.
-Vanusa Babaçu é palmeira. Daquelas palmeiras que não fogem à vocação de ser na totalidade, pura entrega. Tira da massa bruta pura poesia e vai quebrando com o macete dos versos a dureza da vida. Captura com a lente da alma imagens de um povo, que é na verdade, sua própria essência. Rasgueia as manhãs com a mesma esperança dos manés, das margaridas, Querubinas e dos josimos... Babaçu é assim, palmeira disfarçada de mulher!
Lilia Diniz - Poetiza .
-Retalhos de sonhos apresentados pelas mãos de Vanusa ganham graça e leveza na imagem que contempla o riso simples, o gesto humilde, mãos e rostos gastos pelo tempo vil e o sol nordestino. É nessa simplicidade que a poesia nossa de cada dia entra em cena, através das imagens, para se fundir à beleza da cultura brasileira.
No destaque à riqueza rural, a embira que amarra o côfo reflete, com seu melhor propósito, a magia que nos amarra à vida e os sonhos semeados de glória de quem faz parte da história do nosso povo amado.
Tais temas são tratados com carinho e nobreza pela poetisa e fotógrafa que tem nome de coco e é tão bonita quanto: Vanusa Babaçu.
Nara Sanaelia - Poetisa e Pedagoga.
-A exposição da fotógrafa e pedagoga Vanusa Babaçu, reflete a simplicidade cotidiana com um olhar apurado que captura o belo nas cenas mais simples e improváveis.
Com uma visão de menina deslumbrada e de mulher criativa, Vanusa babaçu consegue passar emoção em imagens que nos tocam e chamam atenção para o que geralmente passa despercebido aos nossos olhos: raios de sol, brincadeiras de meninos, trabalho árduo, rostos cansados, cores e não cores, essa beleza pitoresca que nos rodeia que está no comum, no simples, no dia-a-dia da nossa gente.
Vanusa é a “leveza” e o “peso” que abrem nossos olhos para a beleza que as mazelas nos impedem de enxergar. Definitivamente, os cliques de Babaçu afirmam o ditado de que ser simples é ser incrível.
Viviany Assunção Lima - Uema.
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