terça-feira, 22 de junho de 2010

Espelho d'água - Vanusa Babaçu



Com embriagues das noites boêmias, necessárias para a sobrevivência da dor de saber de tua saída, lenta sorrateira e certa. Com a loucura dos sensatos, com a lucidez dos desorientados. Escrevo versos, ou palavras soltas, nada que possa compor uma bela canção ou poesias para  ser declamada em noites de lua. Pois o que escrevo são rascunhos de teus ditos, não ditos ou malditos. Ah, quero já acordar, já se faz à hora de despertar, ligar o cronômetro que marca o tempo, mas não indica a porta da saída. Continuo a olhar o rio e ver-te refletido no grande espelho d’água que se faz em meus olhos.


Um comentário:

Aninha Terra disse...

gosto das tuas imagens, os olhos, as folhas, o reflexo.