terça-feira, 12 de abril de 2011

Lado oposto

Ocupei outra vez um espaço que já fora antes dividido tão especialmente por nós dois. Nosso teatro de 160 lugares, nosso “Ferreirinha” e sempre com poucos assentos ocupados na segunda feira, nossa presença sucessivamente nas primeiras cadeiras da última fila nos fazia ter sempre uma vista panorâmica dos outros que iam chegando e se acomodando (sempre carinhas conhecidas). Nessa noite de abril notadamente vierem muitas pessoas conhecidas e não, tinha na pláteia uma "chegante" que ja se mostrava familiazrizada com o espaço. Todos concentrados  para apreciar a película nacional “O PIXOTE”. (a primeira que participo nessa temporada).
Silêncio, pouca luminosidade externa que só ocorria com a chegada dos retardatários.   Procurei o lado oposto do que sempre escolhíamos juntos, mas meu olhar vasculhava o local em busca de te avistar. A certeza que tu não vieste de imediato foi de alivio. Confesso que, acompanhada de uma sensação de decepção.  Era tão obvio que tu estivesses lá... Melhor assim. Será?