quinta-feira, 29 de julho de 2010

Meu Aniversário... festa!!!!!!!!!!!


Julho, beirando o 31 me pariu, numa cidadezinha rodeada de grandes serras e as mais belas palmeiras da região dos cocais maranhenses, (Lago da Pedra). Já se passaram alguns ciclos de sete anos que renovam nossas células, nossos sonhos, nossas expectativas, nossa forma de ver o mundo, nossos amores, e nos mostram forma de superar nossas dores e assim, caminha a humanidade. Penso que já vivi mais vidas que as contidas na somatória da vida de sete gatos. Digo gatas! Ou pelo menos eu cheguei à altura de meus 40 anos usando essa formula nada secreta.
Para os próximos 40 anos elenquei uma lista de desejos possíveis e impossíveis, não soube de ninguém que pagou nem caro nem barato por desejar coisas, favor faça a sua parte. segue lista abaixo:
Amores, Amores, Amores, Amores;
Leituras de bons livros;
Amizades sinceras;
Muito wellatom para meus cabelos vermelhos;
Boa manicura;
Beijos silenciosos;
Beijos de todo tipo;
Exceto beijo de "judas"
Ver nascerem meus bisnetos;
Viagem de avião na tua companhia;
Brindar a formatura de Roberto;
Morar em Ciriaco;
Criar 1ooo galinhas;
Nunca, suco de murici;
Escutar muita Lena Garcia;
Ter com quem dividir muitos pratos de saladas;
Muitos almoços coletivos nas quartas feiras (peixes);
Fotografar e expor com Marcelo Cruz;
Ver filmes com Cairo Morais (sem que eu pegue no sono);
Ganhar mil beijos de borboletas de Bebel;
Ouvir incontáveis vezes Aninha Babaçu dizer  “AMA VOVÓ”
Compor uma canção pra tocar teu coração;
Deixar rastros e alguém querer seguir;
Dirigir só pra te encontrar;
Brindar com Budinha sua terceira formatura;

Deixar de ser uma campônesa urbana;

ter motivo inspirador para meus poemas nús;

Correr o mundo com minha próxima exposição "Mãos Putas";



Atravessar o Tocantins sem medo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hoje acordei como se pernas e braços estivessem desgarrados do corpo... e o coração servido em bandeja de prata, ou numa cuia de cabaça enfeitada com margaridas do cerrado. Já é meio dia e eu já estou quase completa. O tempo não para o amanhã será 29 de julho e  agora? E tu me deixou capenga com um beijinho de um real!!! E ainda me diz que tomará estrada, antes diga-me como prosseguir!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Só eu queria - Vnausa Babaçu


Era teu beijo, aragem.
Era teu beijo, terno.
Era teu beijo, quente.
Era teu beijo, sorriso.
Era isso, ou aquilo que eu queria.
Mas, eu queria.

Era teu abraço, calmo.
Era teu abraço, urso.
Era teu abraço, sopro.   
Era teu abraço, todo.
Era isso, ou aquilo que eu queria.
Mas, eu queria.

Era teu colo, quente.
Era teu colo, silêncio.
Era teu colo, leve.
Era teu colo, veludo.
Era isso, ou aquilo que queria.
Mas, eu queria.

Era teu olhar, seguro.
Era teu olhar, à frente.
Era teu olhar, veloz.
Era teu olhar, sereno.
Era isso, ou aquilo que eu queria.
Mas, eu queria.

Era tua mão, de irmão.
Era tua mão, de amante.
Era tua mão, de algoz.
Era tua mão, de paz.
Era isso, ou aquilo que eu queria.
Mas, eu queria.

Queria de imediato.
Queria com intesidade.
Queria com magnitude.
Queria com toda amplitude.
Era isso, ou aquilo que eu queria.
Mas, eu queria.


Por medo do abismo.

Só eu, queria.
Só eu, queria!
Eu, descuidada,
olhei o abismo.
E o abismo se formou.
E agora? 
beijo-te a fronte.
E tomo o meu rumo.

Incerto.

Sozinha.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Favo de Mel







Isabel
Isabel...Isabel! Isabel?
bel? bel? bel? bel? bel? bel? bel?
É o fogo qe abrasa meu velho fogão- fogareiro? 
É terra fértil que eu planto meu pezinho de alecrim?
É água que se  faz correnteza no meu rio de saudade?
Ou é esse vento que sopra meus cabelos vermelhos?
Ou é aquela cor prateada que se faz lua em meu céu?
É o nariz de palhaço que lembra meu pedaço infantil?
É o gigante favo de mel que adoça os meus dias?
Ora és força, ora es luz e me seduz.
quem tu és, ó Isabel?
 Isabel...
Isabel!
Isabel?
Isabel...
Isabel!
Isabel?
Isabel...
Isabel!
Isabel?
Pedaço de mim,
 Metade de mim...
bel, bel, bel, bel, bel, bel.bel 

Rastros e abraços - Vanusa Babaçu



 Texto e fotos: Vanusa Babaçu - 
Camponês de carona em cima da boléia do caminhonete "pau de arara, 
que carrega moradores da estrada do arroz, 
para o centro so município de Imperatriz.



Ele pisava firme, seus pés protegidos na velha botina coturno.
E deixava seus rastros visíveis.
Passadas largas e aligeiradas.
Sem olhar para trás, caminhava seguro de si e de seu caminho.
Fazia poeira quente e seca dos tempos misturados:
inverno e verão de nossa terra

No peito...
Carregava um coração, de pedra certamente.
A fortaleza de homem feito, se fazia menino.                
No seu abraço,
que amparava o outro corpo no todo.
E ele, sem medo ou acanhamento
ali se aninhava, sem pressa e por muitas vezes em silêncio
um silêncio que articulava tudo.
Num pedido de socorro.
E quando eu pude, fui esse outro,
abraçei e me deixei abraçar.
E hoje?
Ainda percebo os rastros conhecidos na velha estrada.

Segui-lo nunca.
Nem uma possibilidade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Feira Internacional de Artesanato e Mostra fotográfica





Estaremos mais uma vez apresentando ao público imperatrizense e região a Mostra fotográfica "Olhares e Andanças" Composta de 30 fotografias coloridas e preto e branco. 
Curadoria de Cairo Morais. 

Apreciem sem moderação.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Paredes de adobo - Vanusa Babaçu


Além de muitos olhares ali, naquele quarto de paredes de adobo alisado por tuas mãos, me vi clandestina de meus sentimentos. A rede hoje só aconchegava um corpo, o meu. Tu não estavas lá como de costume. No entanto, o cheiro de camponês dono de mãos calejadas permanecia no quarto simples que constituiu teu pequeno universo particular (um dia, nosso).
Teus vestígios, perceptíveis fácies de serem encontrados a contar pelas roupas que por ti foram usadas, o frasco seco de perfume nobre que te presenteei e que usaste até a última gota, sendo que estas já não mais foram pra que exalassem do teu corpo para mim.
Ai, como foi de horas longas feita essa noite que caprichosamente se desenhou em negritude e lua fininha com as suas incontáveis estrelas, dessa forma fez-se ímpar para registrar-se em minha memória . Agora já sou ciente de teu paradeiro, pensei tanto que não me interessava por essa informação. Porém, ela foi preponderante para o meu mote de culpa.
As novas fotografias, registram teu "ser-propiedade" de alguém bem a teu gosto. Fizeste os mesmos caminhos percorridos por nós em tempos pretéritos, em nova companhia que exibiu orgulhosamente como um troféu. E assim também foi comigo (como eu fui cúmplice desse gesto teu).
E no que eu acreditava? Que estaria sempre, sempre, inerte ao tempo? O tempo correu te levou e te presenteou com novos olhares, novas emoções e agora eu estou cá, com as lembranças abarrotadas de tempos de teu "abraço" ora brisa, ora brasa. Não mais, meus. E meus dias de clandestinidade já não se faz mais necessários. Preciso somente avisar para o meu coração, falta-me somente coragem de expor tal verdade, nesse caso especificamente, a verdade dói. Mas se faz inevitável.