quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cais do porto



Quero adormecer lentamente,
como o barco que desliza no nosso rio grande.
 Silencioso e certo da volta.
Quando eu, avistar a o cais
tu és presença certa. 
Âncora.


"Choro contigo barco
Pela praia que deixas
Pelo sol que se deita
Longe das pedras do cais
Choro contigo barco
Amanhã talvez não chore mais..."

ZECA BALEIRO 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Lamento

Não quero ser poetisa de inspiração única, más é tu que aprendi escrever em versos sem rimas, que fazem perder o rumo, que me tira a calma, que me rouba a alma. Desisto de desistir de ti. E picho os muros COM MEUS gritos desesperadores, por favor, não me ouça. Mas se acaso ouvir: Chega logo. Prometo, não querer saber dos pormenores. Segurei despida.

Rio de nós

Escrever o rio e te ver,
ver o rio e te viver,
te sentir, e ter o rio.
Te abraçar na calmaria
de ver o rio correr.
Te beijar e beber o rio.
Ter o rio, ter tu, ter o poema.
Emudecer contigo ao silêncio do rio.
Há um rio em mim feito de ti
talvez eu precise só de ti,
talvez eu precise só do rio.
talvez tu precise só de mim, em ti.
Que sejamos:
Tu, eu e o rio.
Rio de nós.

Brisa gratis



Compartilhamos  a despedida do dia
Que se foi silencioso como nós, no declive do rio.
Saboreamos o advento da boca da noite.
Pressa? Não houve.
Abraço, sim. Terno como a brisa grátis.
O ensaio de um beijo, 
poupado pelo desejo de não mais parar.
 O tempo nos traiu se fez a hora de volver.
Somos cientes de que outros nos esperam,
E há conveniências. E há platéias.
E para dormir?
Camas com outros pares.
Mas, nossos sonhos 
Ocuparam-se de lembranças recentes
De um tempo de nós dois.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Encontro?

Em seu livro, "Mulheres que Correm com os Lobos", Clarissa Pinkola escreveu algo que muito me agradou : "Dizem que tudo o que buscamos,  também nos busca e, se ficamos quietos, o que buscamos nos encontrará. É algo que leva muito tempo esperando por nós.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para sempre MENINO.



O passeio noturno tão silencioso, tão curto o tour. Tão necessário para eu perceber como é bom o tempo contigo. O abraço foi contido. Fizestes tuas ressalvas quando minhas mãos ensaiaram um toque mais intimo. Era tudo tão diferente e tão conhecido por minhas lembranças. Uma viagem pretérita invadiu meus pensamentos, a travessia da grande ponte vivida por nós tão impensadamente numa noite de maio passado. Sim a ponte, teríamos atravessado aquele componente de ligação erguida sobre o nosso rio, se o comando da rota fosse meu e só o fim do combustível ditaria o termino do trajeto. Pela tua escolha, permanecemos pelas ruas da cidade princesa.  Ruas com movimento domingueiro conhecido, em muitos pontos pouco barulho na cidade em desenvolvimento que trabalha na segunda-feira. Ainda encontramos o último bar aberto na madrugada, mesa e cerveja partilhada. Tu ali, tão perto, e tão longe. As sobrancelhas, mesmo adornada pelos óculos modernosos se sobressaiam para minha apreciação, sempre foi em ti um artifício natural perturbador para meus olhos. Tantas coisas para partilhar, tanto a se dizer, talvez mais para silenciar. E tu ali, tão homem e tão menino com os dedos adornados pelo par de anéis de tucum, item artificial de mim em ti que gostei tanto de visualisar.  E eu certa, de que o tempo é novo. E certa ainda que o amor não toma conhecimento disso, só ama. E só.

Colheita

Coisas para qual o mastercar não paga. (1 kg de Carinho!!)
E eu partilho, por entender a preciosidade do presente. 

Bom dia Vanusa,

Colhemos o que plantamos.
Você plantou em Imperatriz uma semente, que virou uma linda arvore apreciada por todos, e os seus frutos desejados por muitos.
Fico feliz por fazer parte de sua vida, diria que a minha história fotográfica, tem voce como marco divisório.
Como a história mundial tem a sua divisão, conhecida como: AC e DC, a minha história tem divisão própria: AB e DB ( antes de Babaçu e depois de Babaçu).
 
Obrigado por existir.
Talvez você não possa ser mais; entretanto nunca ouse ser menos.

 
Renê Rocha

sábado, 14 de maio de 2011

Retratando quebradeiras

Clichê


O cenário é clichê. o jantar abastado é servido, decora nossa mesa de jantar, por pouco tempo. Prontamente o prato extra torna-se cemitério dos restos do peixe abrasado, devorado por nós dois sem nenhum meio-termo. Atiço-me a imaginar se nossa fome é de estômago. Pensamento que não deve virar palavras. Bom senso avisa, melhor para o momento: O SILÊNCIO. Recuo obediente, prudência não gera dor de barriga.
Contudo não sei nunca o que dizer diante do par de olhos castanhos-ternos-rudes que me fitam rasgando minhas verdades. Desconcerto-me. Torno a organizar a cadeira que me acolhe. Recomponho-me. Se fosse fácil, bem que eu diria toda verdade. Mas, é preciso que tudo seja dito, ou que tudo seja feito? Preciso confessar que tudo é confuso e cáustico, porém solúvel, volátil no passar do nosso tempo.
  E sem demora, vejo-me em situação de desconforto a acometer meu ser quando intuo que o tempo já passou.  O tempo, em particular nesse caso deixa de ser relativo, eu o vejo correr como menino travesso em terreiros empoeirados de roça. Outra vez, eu percebo olhar ligeiro e avaliador de cada gesto, de cada fala dita (ás vezes maldita) por mim. Todavia, a imaginação é vadia e transcende a meu controle, desvirtua-me num galope desenfreado. Numa batalha só minha. Bem particular. Convivo sem dolos ou consternação. Pois bem sei que pensamentos são mudos.
E logo, já se faz à hora do retorno para nossos universos tão particular e individual, que esquadrinham os tempos comuns de cada um de nós.  Mesmo assim, as conversas futurísticas se instauram. Curiosamente, sempre com um ar saudoso. Como quando se sabe da certeza de um fim próximo. Mesmo que seja só o fim do tempo noturno desse dia comum de lua espetacular e que não foi por nós contemplada nessa noite de maio quente. Olhos ocupados, entravados por ressalvas.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

 
 
 
 


Essa imagem de menina sapeca que eu tenho em meus arquivos, feita numa dessas madrugadas delicias que nos encontrávamos. (borracharia) Michelle nunca a viu, eu sempre prometia enviar e nunca o fiz. Hoje posto, para registrar minha dor de saber que Michelle agora é uma saudade. No domingo esteve comigo e partilhou a alegria de nossa exposição. Uma de suas paixões era a fotografia. Promessa dela era ser minha aluna e partiu sem cumprir... saudades!

beijos de Baba