"Como tu diz tão bem tudo isso. Tu fala enrustida num discrepado jeito nordestino, de nossa extravagância em matéria de cultura popular, enfim, de nossas vidas multifacetadas e esculhambadas pelo soar das horas boas e ruins refletidas em sobressaltos de batalhas intermináveis pela vida todos os dias a fio, ou melhor dizendo, pela sobrevivência tão somente.
Tinha para mim que não era tão grande assim falar de uma CABAÇA.
Por seu turno, não é de se estranhar tão belas grafias brancas na carretilha de uma BABAÇUEIRA, na comburência da mais pura literatura vivida, num invólucro de vida real desenhada!"
Esse, post trata-se somente de um comentário. Mas, gostei tanto, aliás só não é uma resenha crítica, por acrescentar tantos elementos, agora visíveis a meu pequeno texto poema, que descrevo meu amor, minha relação de vida com "Maria José" Zezezinho Cabaça.
Assinado como "ANÔNIMO" Mas, quando? Trata-se de Júnior Mendes. Meu amigo que partilha saladas e peixes nas quarta-feiras de almoços coletivos em minha casa de sala sem piso e paredes sem pinturas mas, adornadas por obras singulares de Cairo Morais. Sem esquecer de mencionar aqui os nossos sete "segredos" (risos).
Moderar os comentários é legal pra mim, por saber que vou ler em primeira mão. Todavia, aceito os anônimos com qualquer teor. No entanto, algumas criaturas estão nuas para mim, e reconheço de imediato quem ali deixou, um recado. E logo Júnior, que eu conheço em tantos aspectos, sei ler sua mão e sua mente, que já dividi até a minha rede paraibana? Passaria como um desconhecido, um ser indentificável?
Eis o texto:
Tu andas por aí...
Nste mundao de Deus!
Carregando em tua cintura uma cabaça d'agua!
Que amarra com imbiras de amarrar côfos.
Quando tu se quebra cabaça, transforma-se em cuia!
Enfeita os cantos das salas
Tu te enche de ceras de vela!
Cabaça, cabaça.....
Tu carrega agua que passarim não bebe,
nos deixando tropêga dos sabores teus!!
Cabaça....tu és pote!!!!