domingo, 4 de dezembro de 2011

Tempo e fotografia



Fotografia de Vanusa Babaçu
Captura em Petrolina - Estrada do Arros
E meu coração foi mais feliz
Ela já dava por certo tê-lo esquecido. Ele faz sinal de fumaça em plena época tecnológica, deixou recado publicado, curto, carinhoso e saudoso. Ela leu, atentamente. Sim era dele o recadinho. Adorou. Leu outra vez e mais outra. Já era tarde, e ela foi dormir embalada por varias emoções. Já estava acostumada com a ausência sutil. E agora, o que iria responder. Silenciava?  Confeccionaria uma faixa, ou gritava sua alegria pelas ruas retas de sua cidade. Escondeu o rosto com o “lenço de Nayara” sentiu o cheiro de aromas elétricos. Reviveu alguns momentos salutares para sua existência, dos quais o moço do recado curto se fazia presente. Desligou a TV. Apagou a luz, dormiu. E ele, invadiu seu sono, foi mote de seu sonho a noite inteira. Pela manhã, aurora ainda. Ela acordou. Certa de responder o singelo sinal de fumaça: De câmera em punho, passeou um pouco e encontrou sua resposta. Capturou a beleza de uma flor comum, postou, e comentou seu registro: O tempo passa e as fotografias ficam. Estou aqui, sim. Ele conhecia aquela frase, curtiu. E dezembro chegou ao Maranhão.

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