Tu andas por aí...
Nste mundao de Deus!
Carregando em tua cintura uma cabaça d'agua!
Que amarra com imbiras de amarrar côfos.
Quando tu se quebra cabaça, transforma-se em cuia!
Enfeita os cantos das salas
Tu te enche de ceras de vela!
Cabaça, cabaça.....
Tu carrega agua que passarim não bebe,
nos deixando tropêga dos sabores teus!!
Cabaça....tu és pote!!!!
4 comentários:
Para minha irmã escolhida "Maria José Barros"
nesta cabaça vai a essência de nosso povo, povo nordestino.. irmãos guerreiros...
encantada com tua façanha Vanusa Babaçu, me surpreendes sempre!
Beijos com a simplicidade das imbiras que amarram os côfos..
matar a sede, inundar as pessoas, afogar de paixão... vanusa vc é cabaça!!!!
Como tu diz tão bem tudo isso. Tu fala enrustida num discrepado jeito nordestino, de nossa extravagância em matéria de cultura popular, enfim, de nossas vidas multifacetadas e esculhambadas pelo soar das horas boas e ruins refletidas em sobressaltos de batalhas intermináveis pela vida todos os dias a fio, ou melhor dizendo, pela sobrevivência tão somente.
Tinha para mim que não era tão grande assim falar de uma CABAÇA.
Por seu turno, não é de se estranhar tão belas grafias brancas na carretilha de uma BABAÇUEIRA, na comburência da mais pura literatura vivida, num invólucro de vida real desenhada!
Perante o mais inimaginável sabor carregado por uma CABAÇA, declamo sem pestanejar:
De fato! "Cabaça....tu és pote!!!!"
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