sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cabaça ( Vanusa Babaçu)

Tu andas por aí...
Nste mundao de Deus!

Carregando em tua cintura uma cabaça d'agua!
Que amarra com imbiras de amarrar côfos.

Quando tu se quebra cabaça, transforma-se em cuia!
Enfeita os cantos das salas
Tu te enche de ceras de vela!
Cabaça, cabaça.....
Tu carrega agua que passarim não bebe,
nos deixando tropêga dos sabores teus!!

Cabaça....tu és pote!!!!

4 comentários:

Vanusa Babaçu disse...

Para minha irmã escolhida "Maria José Barros"

Nara C. disse...

nesta cabaça vai a essência de nosso povo, povo nordestino.. irmãos guerreiros...
encantada com tua façanha Vanusa Babaçu, me surpreendes sempre!
Beijos com a simplicidade das imbiras que amarram os côfos..

Unknown disse...

matar a sede, inundar as pessoas, afogar de paixão... vanusa vc é cabaça!!!!

Anônimo disse...

Como tu diz tão bem tudo isso. Tu fala enrustida num discrepado jeito nordestino, de nossa extravagância em matéria de cultura popular, enfim, de nossas vidas multifacetadas e esculhambadas pelo soar das horas boas e ruins refletidas em sobressaltos de batalhas intermináveis pela vida todos os dias a fio, ou melhor dizendo, pela sobrevivência tão somente.

Tinha para mim que não era tão grande assim falar de uma CABAÇA.

Por seu turno, não é de se estranhar tão belas grafias brancas na carretilha de uma BABAÇUEIRA, na comburência da mais pura literatura vivida, num invólucro de vida real desenhada!

Perante o mais inimaginável sabor carregado por uma CABAÇA, declamo sem pestanejar:

De fato! "Cabaça....tu és pote!!!!"