quarta-feira, 28 de março de 2012

Que a distancia seja nossa única ligação. Assim nem te vejo, nem te sinto. E teu cheiro? Desse serei totalmente poupada. E tu?Te prometo, ficarás imune. Mesmo que, nunca mais saberei qual a cor marrom de teus olhos. E teus dedos quentes, para que? Para que? Nem isso quero, nem teu toque que já foi suave, nem tuas saídas ríspidas do enlace de meu abraço. Tuas costas, tuas pernas, teus longos braços, isso é tudo que menos posso. Nem tua boca, nem tua voz, deve compor meu cotidiano. Teus cabelos, tocar, mexer com que dose? Audácia ou sutileza? E teus pés nos meus para onde? Não temos mais tempo. Sei o que queres de mim, sei o que posso te dar. Acabou. Acabou o fim sempre chega, e quando chega antes mesmo que tudo comece, é mais fácil, é mais leve, menos caro. Daqui três dias abril se descortina e sem pena de nós, nos espreita. Melhor que uses sua camista preta preferida, sairei por ai com a flor de pano enfeitando meus cabelos. Sairei ilesa? É melhor que tu, o o resto do mundo pense assim. Já está tudo remediado. Mas saudades, deixa haver!! Eu mereço pelo menos esse mote. 


texto e fotografia: Vanusa Babaçu

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