domingo, 24 de outubro de 2010

Entendimetos insuficientes

Um dia li, escrevi sobre entender liquidificadores na velocidade “cinco que ordena misturança dos componentes de forma homogênea, incluso nós, por nós, dentro de nós. E me faz recordar fragmentos de desnudas afirmações de amor, mencionado com a competência de estremecer meu ser e meu tempo, ditadas em ocasiões precedentes, a saber: “ligaremos nosso liquidificador, Deixar-se cair juntos, com as chuvas de janeiro. Fazendo uma grande comilança de nós mesmos [...]Cavalgaremos na velocidade do vento, que bater nos teus cabelos. Podendo ser também na velocidade cinco do nosso cinema mudo” (CairoMorais).  

Porém a sensação experimentada por mim, no último momento vivido, me ocasionou um ensaio inédito: ESMAGMENTO. Os ossos doem, (literalmente) depois de passarem por um processo de trituração lento, dolorido, cada osso em de meu apoucado esqueleto como diz IRA: “1,65 de sol”. Feito agora de múltiplas fraturas... De certo, agora já posso descrever a sensação de um encontro com um trem de carga, (não o trem de mineiro, pois esse às vezes pode ser um trem bãao,) mas trem de carga! Notado na tua força contida nas palavras, por ti a mim proferidas, descomedidamente duras, graves, mas ditadas em tom ameno, cortês. Todavia, força de impactos como esses contém elementos básicos para me deixar reduzida a pó.Quando você fala, bala no meu velho oeste, Quando você dança, lança flecha, estilingue [...] Você me faz me sentir menos pó, menos pozinho” (Baleiro). A falange do meu dedo mínimo quebrou-se em mil minúsculos pedaços. Tão pequenino.  Comparado somente a teu sentimento por mim, reservado. Tão diminuto, tão vil, tão nada. Que não resiste aos primeiros ventos de um outubro incompleto. O que incita-me  a mencionar Nara: A primavera passa, e embora o sol resseque o meu caule eu não posso deixar o vento levar minhas flores”. Então, o que faremos quando chegar os dias de tormentas? Alcova invadida por claridade e temperatura solar. O silêncio dos castos e castas no domicílio amplo denuncia que ainda é cedo. 

Desperto, só o fato de abrir os olhos, reconhecer o recinto traz-me de imediato: Descanso para corpo, alma e espirito... Alívio. Nada mais que um pesadelo. Mas, eu preciso partir. Abdico de me despedir com beijos para que teu adormecer sejas ininterrupto.  A chave?  Joguei por debaixo da porta. Se em ti, houver dúvidas da minha passagem por tua noite, aconselho-te que esquadrinhes meus detritos observáveis nos lençóis. Torço para que tua noite comigo, dessemelhante da minha, tenha sido um sonho.

texto de babaçu, tempos de outubros


6 comentários:

Iuri Petrus disse...

Lindo conto poético!!!
Cada vez fico mais encantado com tua capacidade de sentir...queria ser assim!!! hehe!!!
beijão!!!

Unknown disse...

Babaçu, tu escreves nua. Eu entro em êxtase lendo tudo que tu escreves, tão verdadeiro e lindamente. Só quem te conhece, quem já se deliciou de teu tempo (como eu) saberá dizer.

Amada Mestra,

saudades

Vanusa Babaçu disse...

Iure Petrus,

tomo cuidado com o que dizes. E se eu acreditar?

Falando sério. Escrevo como olho pra um raio "x" tudo explícito e explicado, se alguém ainda não entender. Valha-me Deus.

Grata pela visita

saudades amorosas de tu.

Vanusa Babaçu disse...

O meu tempo! se faz do tempo daqueles que de alguma forma aprsentam seu jeito de me amar e se deixam amar por mim.

Mestra é? Vcs que me ensinaram tanto. Saudades de todos. Tu em especial pois não me deixa esquecê-lo.

beijos de estrada do arroz!

Abraços de atraca pra vc.

Anônimo disse...

Eu so posso dizer de um texto tão sinestesico, que quase me senti na tua pele, nas minimas fraturas dos teus ossos, eu me senti em ti... lindo amiga, mesmo sendo relato da dor.. é lindo! e talvez seja isso que o torne mais lindo, esse poder de fazer a gente sentir o mesmo que voce, foi um cutucao na minha alma! rs

Vanusa Babaçu disse...

tem alguém que sempre diz a mim, que é vulgar ou em demasia esses meu megafone ligado eternamente. Escrevo como quem grita. Ou esse é o meu Jeito de gritar?
Eu me importo com isso? Claro que não. Quase que eu não chegava em casa entalada com esses escritos pulando fora da minha boca, deixando a minha alma em preto e branco. Mas é assim que sou.

Se for pra viver algo impublicável, melhor nao viver comigo. Publico o prazer, a dor, a saudade a ausência e sigo, ilesa ou ferida. Tenho dito.

Gracias vivi pelo comentário.

beijos publcáveis